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segunda-feira, setembro 11, 2006

Desejo


Ao sair de casa costumo andar devagar com olhar desatento, na iminência de uma colisão que me recorda a trombada de esquina... ensimesmado. Abaixa, pega o papel e entrega o papel; olho no olho... Invadir-lhe-ia como um protagonista se não fossem as novas tecnologias; e a vida densa demais. Ocorreu-me a mente amarrotada de miudezas, as fantasias de criança, o que será? Quero, daqui a pouco, não mais, e assim vou ficando. Volto para casa e tomo café, fico no quarto, na varanda, na sala, e vagueio. Finjo que não quero mais, e volto novamente para a rua vagaroso, distraído, impendente e com um olhar inquieto na esperança de atracar-me subitamente com aquela mirada rutilante.

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