Nunca sabemos quem de amigo nos acompanhará até a velhice, até o fim dos nossos dias. Há pessoas que de tão especiais faz-nos questionar a própria dúvida. Umas vão e outras virão como alimentos perecíveis, mas estas ficam, persistem, telefonam para perguntar como está, investigam seu paradeiro. Sentem facilmente a sua falta. Passam de meros amigos para ser uma extensão do nosso próprio corpo vivendo alhures. Estas nós temos que cultivar, independente de nossas estações, de nossas intermitentes solidões. Por mais que nos sintamos só algumas vezes, há aquelas que da nossa solidão provocam um oceano de companhia, ficam conosco. Ficam... Só para ouvir nossas ladainhas e solucioná-las a contento. Na vida, não se ausenta à francesa diante destas. Elas sempre te ligarão exigindo intermináveis despedidas e não o deixará partir senão morto. Ainda assim, inconformadas e reclamando lamuriante a sua eternidade. Por outro lado, outras raramente notarão que você ao menos esteve presente.
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