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quinta-feira, março 20, 2008

Outono


De que em frutas resplandecem seivas, todo mundo sabe. Vermelhas, maduras, folhas caindo pós-amarelas carregam sementes que germinam crentes, os futuros desejos como sonhos de pão. Da rima velada, goiaba atrelada, um estimado escarlate, em demasiada porção. Pomar sortido, alegria de menino, que de outono sorrindo, vive pulando, escorregando, cantarolando qualquer bonita canção. Abraça e sussurra, neste dia celeste, sem bombas que entristecem, momentos de cão - Cianureto... desta vez, não. Pulamos. De galho em galho, amor. Colhendo frutos, efêmeros e mudos, mascando mansos, com muito doce melando as mãos. é outono, amor, e vejo bastante néctar em você. Brotando dos poros. Das frutas, todo mundo sabe. Mas em você, amor, isso sim, é a maior das grandes novidades.

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