Naquele dia resolvi sair porque estava bem humorado. Já não lembro mais por quê, mas presumo que todo bom humor denuncia algum motivo. Chamo o elevador e ele chega rapidamente. Nele havia duas menininhas com seus cerca de sete, oito anos... sei lá! Já não sei identificar a idade média pela aparência há muito tempo. Mas as duas me deram boas razões para se despreocupar quando elas também tiveram graves dúvidas quanto a minha faixa etária. Assim que entrei no elevador elas olharam para mim sorrindo. Gosto de brincar com a garotada fazendo uma caretinha simpática e rindo para elas, geralmente gostam da receptividade, mas nesse dia um evento aconteceu.
- (Uma delas me olhou de cima a baixo e aos cochichos com a outra perguntou) É adulto?!?
- (Eu que tinha ouvido, respondi com voz meio infantil) Eu sou criança! É que eu cresci só um pouquinho mais. Mas sou igualzinho a vocês, também gosto de brincar.
Elas se entreolharam sem muito entender e riram muito. Não sabiam bem se eu era adulto, mas também ficaram perplexas com a minha reivindicação em ser criança. Olharam novamente com mais cuidado, analisando-me de cima a baixo, e eis a primeira conclusão:
- Você não é criança coisa nenhuma (muitos risos!)...
- Mas por que não, ora bolas!?
Elas pensaram, pensaram. A porta do elevador se abriu de repente e antes que as duas saissem correndo, uma olhou para mim e disse aquilo que eu não esperava jamais do alto dos meus vinte e sete anos:
- Você é no máximo adolescente!
Por um instante fiquei sem saber se ria ou se ficava preocupado. Ri.
- (Uma delas me olhou de cima a baixo e aos cochichos com a outra perguntou) É adulto?!?
- (Eu que tinha ouvido, respondi com voz meio infantil) Eu sou criança! É que eu cresci só um pouquinho mais. Mas sou igualzinho a vocês, também gosto de brincar.
Elas se entreolharam sem muito entender e riram muito. Não sabiam bem se eu era adulto, mas também ficaram perplexas com a minha reivindicação em ser criança. Olharam novamente com mais cuidado, analisando-me de cima a baixo, e eis a primeira conclusão:
- Você não é criança coisa nenhuma (muitos risos!)...
- Mas por que não, ora bolas!?
Elas pensaram, pensaram. A porta do elevador se abriu de repente e antes que as duas saissem correndo, uma olhou para mim e disse aquilo que eu não esperava jamais do alto dos meus vinte e sete anos:
- Você é no máximo adolescente!
Por um instante fiquei sem saber se ria ou se ficava preocupado. Ri.
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