Cheguei da rua cheio de memórias, breves. Assim deve ser, conveceram-me. A gente sempre sabe - ou deve - que no amanhã não passará de uma velha sensação com vocação para ser vítima de mais um esquecimento. Forcemo-nos a isso por questão de sobrevivência... Acabamos por perceber, de um jeito ou de outro, que era algo qualquer, que todo dia pode ter mais com a mesma intensidade do agora. Qualquer coisa que aparecer, desde que sincero, valerá como o tudo de novo. Já não é mais tempo para congelar o que se convecionou só efêmero. Tudo isso, no fim do tempo, não era para nós. Enganemo-nos. Sensação passageira, tomara. Pois desisti (covardemente?) no meio do caminho e fiquei a pensar o que deveria ter feito. Não alcancei seu olhar. Nonsense? Não. Escrevi só para mim dessa vez. Entenderei, mesmo com o passar dos anos, porque congelei minha lembrança como se fosse tua bonita fotografia.
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